ÂNCORA DE FEIURA E PERIGO
A Praça Marechal Âncora, no centro do Rio, foi revitalizada e urbanizada. Foi retirado dali um estacionamento, transformando a praça em praça.
Parecia um projeto que daria novos ares a um lugar que, historicamente, estava ocupado por moradores de rua e usuários de drogas.
A sujeira imperava, as cenas de famílias inteiras dormindo, se alimentando ou se lavando ao ar livre já tinham se incorporado ao cotidiano.
Com o principal corredor histórico e cultural nas redondezas, com o restaurante Albamar em plena praça, a existência do antigo Cais Pharoux e a maravilhosa vista da Baía de Guanabara, esse lugar merecia a revitalização.
Só que, como em quase tudo que se faz por aqui, depois de pronta a obra o lugar voltou ao estado de abandono. Várias famílias já reocuparam o espaço, que não pode mais ser frequentado por cariocas e turistas.
Uma senhora inocentemente desavisada, curte a "tranquilidade" do lugar lendo um livro no seu tablet. O segurança do Albamar informa que a poucos minutos um turista foi roubado, mesmo com a presença de alguns Guardas Municipais.
Enquanto um grupo almoçava no restaurante, três ônibus aguardavam. Dentro de um deles era possível encontrar os três motoristas e dois Guardas Municipais, que aproveitavam para relaxar e descansar em confortáveis bancos, num agradável arcondicionado, com os uniformes abertos, enquanto a praça continuava na sua rotina de abandono.
Certamente vão encontrar uma boa justificativa para o injustificável...





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