9 de abril de 2013

HISTÓRIA QUE SE REPETE

Numa breve passagem pelo Aerporto Santos Dumont, rapidamente nos damos conta que o abandono e a decadência é geral. Um terminal de passageiros razoavelmente pequeno, teoricamente mais fácil de ser gerido, mas que enfrenta os mesmos problemas que o aeroporto internacional, já conhecido como aeroporco.

É preciso se acostumar com a conivência e a inoperância das autoridades, quando se trata de fazer respeitar leis básicas como não parar ou estacionar sobre área para deficientes. O taxista abaixo para, é alertado, argumenta e puxa conversa. O Guarda Municipal não exige que a lei seja cumprida, aceita o papo informal, até que aparece uma passageira. O taxista então faz o embarque e se vai, minha cidadania também.



Resolvo tomar um café. Os preços não são nada convidativos, mas vamos em busca de um desjejum que seja razoável no seu custo e benefício.

Um novo ponto comercial foi aberto no terminal de desembarque (o velho), mas quando vou ao caixa escolher e pagar, me deparo com a tabela de preços abaixo. Não é a toa que as telhas coloniais eram "feitas nas coxas", mas hoje isso parece ser uma regra em todas as áreas. Como pode um comércio recém inaugurado, num terminal de passageiros tão importante e estratégico, numa cidade com tantos eventos internacionais programados para os próximos anos, ter uma tabela de preços como a da foto abaixo?


Indignado, resolvo pegar um táxi e fugir dali. Impossível! As filas para os táxis comuns e especiais são desanimadoras. A confusão é generalizada, dentro e fora do terminal. É apito que tenta fazer o trânsito andar, é oferta de serviço bandalha, é engraxate, ambulante e toda sorte (ou azar) de personagens que se unem para fazer do caos o cotidiano.



Enquanto nossas autoridades não se colocarem no lugar dos usuários desses ambientes públicos, enquanto eles não se consultarem com pessoas físicas e jurídicas que utilizem diariamente esses espaços para o desenvolvimento de projetos e planejamentos, estaremos a mercê da boa vontade e da criatividade de tecnocratas que dominam esse mercado.

Santos Dumont não gostaria nem um pouco de ver isso...

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