A PRIMEIRA VEZ A GENTE NUNCA ESQUECE
No primeiro dia da implementação do ridículo decreto do nosso alcaide e seu secretário, presenciamos e vivenciamos cenas esdrúxulas.
Operando um grupo de 60 pessoas, a agência respeitou todas as orientações da nova ordem. Comprou os bilhetes pela internet, imprimiu o voucher correspondente e enviou um representante para o guichê antes do grupo, para realizar a troca.
Bilhete marcado para as 15h, grupo com saída prevista do hotel as 14h. O primeiro ônibus chegou com 30 minutos de antecedência, mas o segundo ônibus saiu da primeira galeria do túnel Rebouças com 25 minutos antes do horário do trem. Só que, para espanto de todos, logo na agulha de acesso ao bairro do Cosme Velho, o trânsito simplesmente estava parado.
Depois de 10 minutos parados no trânsito o ônibus praticamente continuava no mesmo lugar, enquanto o horário do bilhete se aproximava.
Angustia, preocupação e um sentimento de não saber o que fazer...
Decidir o que fazer é mais importante do que se abster, por isso resolvemos desembarcar em frente ao Largo do Boticário e caminhar até a estação, na tentativa de chegar no horário para o embarque.
Quando chegamos na estação, vimos o trem das 15h partir...Os primeiro passageiros até seriam capazes de dar uma corridinha e ainda embarcar, mas no grupo tinha pelo menos um que não caminhava muito rápido, por causa de um problema motor no lado esquerdo do corpo, provavelmente consequência de um derrame.
Como o dia foi confuso e milhares de pessoas acabaram por não visitar o monumento, ou acabaram seguindo de van, tínhamos a possibilidade de seguir viagem no trem das 15h30min. Ainda assim teríamos que esperar o embarque de todos que tinham bilhete para aquele horário, na expectativa de que sobrassem assentos suficientes para o nosso grupo.
Dentro da estação o clima era de total indignação, nervosismo e frustração. Principalmente para turistas brasileiros e estrangeiros, que sem nenhuma informação tentavam visitar o tão famoso Cristo Redentor.
Duas americanas que não teriam outro dia para conhecer o atrativo, tentavam desesperadamente comprar o bilhete pelo celular. A informação, em português, era de que não havia disponibilidade. Iam desistir...
O que dizer? O que pensar? O que fazer?
O trade tem que se movimentar para defender o seu ganha pão. Pessoas físicas e jurídicas tem que se unir em torno de um mercado já cheio de cicatrizes, que durante anos vêm marcando a luta do que deveria ser a principal atividade econômica da Cidade Maravilhosa.
Estão matando a galinha dos ovos de ouro! Estão dando tiro nos dois pés! Estão agindo de maneira suspeita e com a clara intenção de intervir numa área que deveria ser o veio principal de TODAS as ações do governo municipal, levando em consideração que a cidade que é boa para o cidadão é boa para o visitante, assim como a cidade que é boa para visitante é boa para o cidadão.
E o pior é que fazem todas essa maluquices, sem consultar um único profissional do ramo! E quando falo em maluquices, me lembro do padrinho mór, o inesquecível produtor de lambanças históricas, o prefeito dos FACTÓIDES César Maia.
Gostei de uma postagem no FB que mudava o nome do atrativo turístico e de nosso prefeitinho, adaptando-os a essa nova realidade: CIRCORCOVADO e PAESPALHO. Agora só falta encontrar um apelido para o Secretário de Turismo. Aberta a temporada de sugstões...
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