UM NOVO OLHAR
(Capítulo 5)
O maior desafio no turismo que visita comunidades conhecidas como favelas, é a quebra de um paradigma histórico. A primeira imagem que vem a cabeça de um turista/visitante ao escutar a palavra favela, principalmente de um um estrangeiro, é a de miséria, de extrema pobreza.
Mas a coisa não é bem assim. Mesmo com todos os problemas de violência e abandono, o comércio dentro dessas comunidades sempre foi muito forte e importante. Mas agora, com a nova realidade da pacificação, a quantidade e, principalmente, a qualidade dos empreendimentos comerciais que vão surgindo e se desenvolvendo é impressionante.
Um desenvolvimento econômico que vai garantindo emprego e renda para moradores, criando condições para o surgimento de novos negócios ligados ao lazer e entretenimento. Negócios que só são possíveis quando a população se sente segura e tranquila para planejar o futuro.
Abaixo alguns exemplos do comércio local.
Uma loja que ainda guarda a tradição das antigas vendas de aves, principalmente galinha. Aves vivas, que podem ser abatidas e limpas na hora, uma rara oportunidade de saborear uma carne mais fresca e menos industrializada.
Um horti-fruti com variedade e colorido super atraente. Frutas, legumes e verduras frescas. As antigas mercearias se mantendo vivas, aquele comércio de bairro que desapareceu em muitas áreas da cidade, aquele lugar em que o o cliente é chamado e tratado de freguês.
Moda. Principalmente moda feminina. São muitas as lojas que se dedicam a moda feminina. A vaidade é grande, os cuidados são muitos e a moda feminna local segue padrões internacionais. Mas essas comunidades também lançam moda.
Produtos naturais e suplementos. Os cuidados com a boa forma e a saúde encontram terreno fértil. Lojas como essa, somadas às academias que vão se proliferando, levam bem estar fisico para perto do local de moradia.
Dizem que visitar o Complexo do Alemão e não tomar o melhor sorvete da comunidade, pode trazer consequências. Mas o melhor mesmo é provar uma das dezenas de opções de sabores, dos mais tradicionais, aos mais exóticos.
Na peixaria, várias opções de qualidade e preço. Opção de alimentação saudável, a preços convidativos.
E para terminar, amanhã vamos fazer uma visita mais detalhada ao que há de mais moderno na região. O teleférico e suas seis estações.
Um equipamento de altíssima qualidade, permitindo o deslocamento e o acesso de uma população a áreas antes proibidas. O maior sinal de inclusão, que vai se transformando no mais novo atrativo turístico do Rio de Janeiro.






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